Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro - APPERJ

Fundada em 11 de abril de 1989, a Associação Profissional de Poetas do Estado do Rio de Janeiro é a primeira e única associação aberta de poetas e declamadores de poesia no país. Foi iniciativa do mestre e professor Francisco Igreja. Essa instituição conta com mais de quatrocentos associados no Brasil e no exterior.

segunda-feira, 19 de março de 2012

e DELET@VEIS

A perda de letras e a aniquilação da escritura.
A Poesia mantém-se viva não apenas através das veias de seus autores ou da leitura de seus apaixonados; mas, também, em seus eventos literários, com seus brados e rituais tribais nos frenéticos, bem-vindos! Em transmissores da net, navegando mares cibernéticos e distribuindo as palavras num turbilhão de vozes, ampliando seus domínios e vitalidade.  Pena que, pela expansão descontrolada, algumas letras se perdem dos versos e criam atalhos que aniquilam a escritura.  É nos versos desvirtuados do poético que uma nova tribo se formou: a dos alpinistas literários.  Quem são os “alpinistas literários”, reversos de nossos versos?  O que aqui chamo de ‘alpinista literário’, é aquele que se utiliza do poema para, uma vez no círculo dos devotos da Poesia,  alcançar alguma notoriedade, apelando para atitudes e palavras antiéticas,  num mundo que , acredita ele !, o destacará da multidão (?), amenizando sua noite infértil.  A intenção maior é sempre a autopromoção, e,  para tal, o vaidoso não mede esforços, muitas vezes,  tripudia, com palavras e comentários grosseiros e desdenhosos,  qualquer um que lhe pareça (embora nunca o vá confessar!) ameaça ao status (?) conquistado, ou que acredite não ser ‘importante’ para sua ascensão.  Ora, ser poeta (pelo menos, como eu entendo o exercício da poesia) não é  (apenas) carregar medalhas no peito, vestir fardões, publicar livro, receber prêmios, ou saltitar de evento em evento ao modo das socialites. O poeta jamais vive, ou viverá, unicamente, voltado para si mesmo, ele é habitado por miríades de outros seres e paisagens, é o porta-voz, o observador compulsivo, de suas infinitas formas, dúvidas, qualidades, defeitos, alegrias, dores e amores. O poeta deseja é ser parte da multidão e passar despercebido para melhor observá-la, já que dela se alimenta. O que ele (o alpinista) não alcança - súdito da vaidade exacerbada - é que a Poesia enxerga além. O poeta é um louva-deus no jardim da humanidade, nunca um gafanhoto.
Márcia Leite
www.apperj.com.br
www.mulheresdelirantes.blogspot.com

TE ENCONTRO NA APPERJ - MARÇO DE 2012

A APPERJ mais uma vez desponta em suas reuniões com a presença de seus associados que oferecem momentos de cultura, num espaço onde a poesia resgata a voz, a alma, a simplicidade e a descontração.

Afim Simone, as apps Tia Else e Messody Benoliel.

Tia Else, seus 90 anos, canta em versos que extraem da alma momentos de encanto e juventude.


Nossa reunião traduz-se no sorrido e na descontração das apps Ormesinda Xavier, Anna Claudette e a nossa diretora Katia Pino.

Homenagem ao dia Mundial da Poesia

A app Messody Benoliel explanou sobre o Dia Mundial da Poesia.


O dia 21 de março foi escolhido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO, como Dia Mundial da Poesia. O propósito deste dia é promover a leitura, escrita, publicação e ensino da poesia.

Dia Nacional da Poesia - 14/03/2012


A APPERJ apoiou o evento Dia Nacional da Poesia, com coordenação de Ricardo Ruiz e Thereza Rocque da Motta, no Corcovado. Uma homenagem  descontarída e comovente ao Rio de Janeiro.
App Sérgio Gerônimo (leitura do poema de Messody Benoliel - Engenho Urbano), Thereza Rocque da Motta e a app Juçara Valverde, no trem da poesia.


Vomitam regras em nossas rotinas:
"NÃO ULTRAPASSE A FAIXA AMARELA".
Descumpro determinada e segura
tais proibições.
Na verdade, eles nada entendem de Metrô.

Subo escadas feitas para descer
desço por onde tenho que subir
e grito bem alto em tom menor:
- Estou viva !

Com a chegada do falso trenzinho
sento-me e me vem alguns cochilos.
Caras e caretas me espreitam
desperto assustada e sem jeito,
quando anunciam a Estação Flamengo.

Sonhos e sons vão comigo...








Os apps Mozart Carvalho e Juçara Valverde e o afim JL contemplando a Cidade Maravilhosa  no dia de Castro Alves.






Homenagem ao Dia Internacional da Mulher/2012

Apresentação do trabalho de Juçara Valverde - Noiva Aramada.

quinta-feira, 15 de março de 2012

SEMANA DE 22 - 90 ANOS de Arte Moderna


O Brasil era sacudido pela Semana de Arte Moderna e durante três dias quentes de fevereiro de 1922 foram realizadas conferências, recitais e concertos.
A razão para o abalo cultural foi a renovação dos padrões estéticos e artísticos. Os modernistas achavam que a arte precisava ser mais vibrante para refletir com fidelidade maior as transformações provocadas pela indústria e a velocidade. È a classe média “que sintonizada, culturalmente, na possibilidade do estabelecimento definitivo de um Brasil autenticamente tropical, ou, de raiz, como tantas vezes defenderam Villa-Lobos e Mário de Andrade diante da perplexidade até de alguns dos seus companheiros de estrada cultural” (João Barcellos) para, efetivamente romper com o ranço colonial.







A partir de 1930, o movimento estabelece a ruptura com as tradições conservadoras e acadêmicas, abrindo passagem para as novas perspectivas e rumos, trilhados pelas gerações seguintes.



As vozes do Modernismo perpetuam nas penas de poetas, cronistas, romancistas, trovadores, cancioneiros que sentem, no sangue, a vontade de libertar os homens das gaiolas de ouro de nosso dia a dia. (Mozart Carvalho)